A cada dia 4 mil pessoas morrem em decorrência da Aids, a maioria na África
A cada dia morrem quatro mil pessoas em decorrência da AIDS no mundo todo, anunciou a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) na apresentação de uma campanha para conscientizar da gravidade do problema, apesar do otimismo que as conquistas na luta contra a doença provocaram últimos anos.
'As mortes por aids são pouco comuns nos países ricos, mas todos os dias morrem por esta doença quatro mil pessoas, a maioria nos países em vias de desenvolvimento', assinalou o diretor da MSF na África do Sul e Lesoto, Gilles Van Cutsem.
'A luta contra o vírus de imunodeficiência humana (HIV) e a AIDS foi aclamada como uma dos maiores conquistas da história da humanidade em projetos de saúde pública, mas a MSF vê que esta revolução está incompleta para os milhões de pessoas que não têm acesso a tratamento', indicou a organização.
Para que autoridades e opinião pública não se esqueçam que ainda existem pessoas se contaminando e morrendo em consequência da aids, a MSF lançou em seu site uma série de vídeos intitulada 'O que nós vemos', que mostram casos de falta de tratamento ou controle, transmissão de mães para filhos e preconceito.
A organização lembra que em lugares com altos índices de portadores do HIV, como a África do Sul, Suazilândia e Malawi 'o acesso aos antiretrovirais aumentou na última década', apesar de um em cada quatro pacientes começar o tratamento tarde demais.
A situação é pior em países como República Democrática do Congo, Guiné, República Centro-Africana e Nigéria, onde a maioria da população que precisa não tem acesso ao tratamento a tempo.
Na África Ocidental e Central, só 34% dos infectados recebem tratamento, a taxa de cobertura mais baixa do continente.
Mais de 2 milhões de adolescentes têm HIV e mortalidade aumenta
Mais de 2 milhões de adolescentes em todo o mundo vivem com o vírus do HIV e a maioria deles não recebe tratamento adequado, o que levou a mortalidade nesse grupo de população aumentar 50% entre 2005 e 2012.
O dado alarmante chama ainda mais atenção quando se compara com a queda generalizada da mortalidade pelo vírus de imunodeficiência humana (HIV) em 30% em todos os grupos de idade desde 2005, segundo dados divulgados hoje pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Às vésperas do Dia Mundial de Luta contra a Aids, em 1º de dezembro, a OMS lançou pela primeira vez um guia com recomendações para prevenir o HIV entre adolescentes e evitar assim novas transmissões do vírus, já que milhões de adolescentes correm o risco de se contagiar.
O número de adolescentes soropositivos cresceu 40% de 2001 a 2012, período em que se passou de 1,5 milhão de infectados de 10 a 19 anos a 2,1 milhões, e o número de mortes por HIV entre eles quase triplicou, ao passar de 38 mil em 2001 para 107 mil ano passado.
Nesse mesmo período, no entanto, o número de soropositivos entre jovens adultos (de 20 e 24 anos) diminuiu 25%, ao passar de 4,4 milhões de 2001 para 3,3 milhões em 2012; enquanto a mortandade caiu 34%, das 73 mil mortes de 2001 para as 48 mil de 2012.
Segundo a OMS, um sétimo das novas infecções por HIV no mundo acontecem durante a adolescência e, frequentemente, as pessoas afetadas não conhecem seu problema.
Por exemplo, na África Subsaariana, estima-se que apenas 10% dos meninos de 15 a 25 anos e 15% entre as meninas dessa idade são conscientes sua condição de soropositivos.
Nessa região, uma das mais afetadas do mundo pela epidemia de aids, muitos dos bebês que nasceram na década passada infectados agora são adolescentes, 'que vivem as mudanças associadas a esta fase com o desafio adicional de uma doença crônica', segundo o diretor do departamento da aids/HIV da OMS, Gottfried Hirnschall.
'Os adolescentes enfrentam pressões sociais e emocionais difíceis, e frequentemente confusas, enquanto passam para a fase , por isso precisam de serviços médicos de prevenção de HIV adaptados a sua situação', precisou.
Segundo explicou, os adolescentes têm menos possibilidades de ser submetidos às provas do HIV que os adultos e necessitam mais ajuda para vigiar sua saúde e seguir com compromisso um tratamento antirretroviral.
Entre os adolescentes, as meninas; os meninos que têm relações sexuais com outros homens; os usuários de drogas injetáveis e as vítimas de exploração sexual são os grupos com maior risco de contágio por HIV.
'Eles enfrentam muitas barreiras, como leis discriminatórias, desigualdade e estigmatização que os impedem de acessar os serviços médicos básicos para detectar, prevenir e tratar o HIV', denunciou, por sua vez, o chefe dos programas de HIV do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Craig McClure.
'A menos que retiremos essas barreiras, o sonho de uma geração livre de aids será inalcançável', ressaltou.
Por isso, a OMS e outras agências das Nações Unidas recomendaram aos governos que revisassem suas leis para facilitar aos adolescentes o acesso aos testes do HIV sem necessidade de consentimento paterno, além de sugerir maneiras para melhorar a qualidade desses serviços de prevenção e apoio ao coletivo.
Também propõem que os adolescentes sejam incluídos na tomada de decisões a respeito, para conseguir uma nova aproximação à prevenção do HIV que se adeque às necessidades das pessoas dessa idade; aspecto em que destacaram o caso do Zimbábue como 'bom exemplo'.
OMS afirma que 75% dos pacientes com aids na América Latina têm tratamento
A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um relatório afirmando que 75% das pessoas que têm aids e precisam de tratamento antirretroviral na América Latina e no Caribe o recebem.
O relatório conjunto da OMS com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPS), apresentado em Buenos Aires, detalha que, em dezembro de 2012, três a cada quatro pessoas, aproximadamente 725 mil cidadãos, que precisam de tratamento antirretroviral (TAR) o recebem, 7% a mais em relação a 2010 e 2% a mais se comparado a 2011.
'América Latina e Caribe são as regiões com mais cobertura de TAR no mundo', assegurou Marcelo Vila, coordenador sub-regional de HIV da OMS, durante a apresentação da pesquisa.
O estudo mostra que em 2012 sete países - Brasil, Argentina, Barbados, Chile, Cuba, Guiana e México - alcançaram o acesso universal ao TAR. Isso significa que superaram 80% de pacientes cobertos.
Outros 11 países estão perto de alcançar esta meta, com uma cobertura próxima ou maior a 70%: Bahamas, Belize, Costa Rica, Jamaica, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Trinidad e Tobago e Venezuela.
A pesquisa indica que dos US$ 1,950 bilhões que os países da região destinaram entre 2007 e 2011 à luta contra a aids, 70% foram para o TAR, uma das intervenções de mais alto impacto no combate ao HIV, e 18% se destinaram à prevenção da doença.
O relatório também assinala que todos os países da região oferecem serviços gratuitos contra a doença e que avançaram na redução da dependência do financiamento internacional para os tratamentos.
As fontes de financiamento nacionais cobriram 94% da despesa total. Em contrapartida, os fundos internacionais representaram 6% do total e se destinaram, principalmente, a chegar a populações de alto risco e à prevenção.
Segundo o estudo, 62% dos países financiam o TAR sem apoio externo, enquanto dez países -Antígua e Barbuda, Bolívia, Dominica, Granada, Guiana, Haiti, Jamaica, São Cristóvão e Névis, Nicarágua e São Vicente e Granadinas - ainda precisam de ajuda externa para cobrir entre 75% e 100% dos procedimentos.
FONTE: EFE BRASIL
'As mortes por aids são pouco comuns nos países ricos, mas todos os dias morrem por esta doença quatro mil pessoas, a maioria nos países em vias de desenvolvimento', assinalou o diretor da MSF na África do Sul e Lesoto, Gilles Van Cutsem.
'A luta contra o vírus de imunodeficiência humana (HIV) e a AIDS foi aclamada como uma dos maiores conquistas da história da humanidade em projetos de saúde pública, mas a MSF vê que esta revolução está incompleta para os milhões de pessoas que não têm acesso a tratamento', indicou a organização.
Para que autoridades e opinião pública não se esqueçam que ainda existem pessoas se contaminando e morrendo em consequência da aids, a MSF lançou em seu site uma série de vídeos intitulada 'O que nós vemos', que mostram casos de falta de tratamento ou controle, transmissão de mães para filhos e preconceito.
A organização lembra que em lugares com altos índices de portadores do HIV, como a África do Sul, Suazilândia e Malawi 'o acesso aos antiretrovirais aumentou na última década', apesar de um em cada quatro pacientes começar o tratamento tarde demais.
A situação é pior em países como República Democrática do Congo, Guiné, República Centro-Africana e Nigéria, onde a maioria da população que precisa não tem acesso ao tratamento a tempo.
Na África Ocidental e Central, só 34% dos infectados recebem tratamento, a taxa de cobertura mais baixa do continente.
Mais de 2 milhões de adolescentes têm HIV e mortalidade aumenta
Mais de 2 milhões de adolescentes em todo o mundo vivem com o vírus do HIV e a maioria deles não recebe tratamento adequado, o que levou a mortalidade nesse grupo de população aumentar 50% entre 2005 e 2012.
O dado alarmante chama ainda mais atenção quando se compara com a queda generalizada da mortalidade pelo vírus de imunodeficiência humana (HIV) em 30% em todos os grupos de idade desde 2005, segundo dados divulgados hoje pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Às vésperas do Dia Mundial de Luta contra a Aids, em 1º de dezembro, a OMS lançou pela primeira vez um guia com recomendações para prevenir o HIV entre adolescentes e evitar assim novas transmissões do vírus, já que milhões de adolescentes correm o risco de se contagiar.
O número de adolescentes soropositivos cresceu 40% de 2001 a 2012, período em que se passou de 1,5 milhão de infectados de 10 a 19 anos a 2,1 milhões, e o número de mortes por HIV entre eles quase triplicou, ao passar de 38 mil em 2001 para 107 mil ano passado.
Nesse mesmo período, no entanto, o número de soropositivos entre jovens adultos (de 20 e 24 anos) diminuiu 25%, ao passar de 4,4 milhões de 2001 para 3,3 milhões em 2012; enquanto a mortandade caiu 34%, das 73 mil mortes de 2001 para as 48 mil de 2012.
Segundo a OMS, um sétimo das novas infecções por HIV no mundo acontecem durante a adolescência e, frequentemente, as pessoas afetadas não conhecem seu problema.
Por exemplo, na África Subsaariana, estima-se que apenas 10% dos meninos de 15 a 25 anos e 15% entre as meninas dessa idade são conscientes sua condição de soropositivos.
Nessa região, uma das mais afetadas do mundo pela epidemia de aids, muitos dos bebês que nasceram na década passada infectados agora são adolescentes, 'que vivem as mudanças associadas a esta fase com o desafio adicional de uma doença crônica', segundo o diretor do departamento da aids/HIV da OMS, Gottfried Hirnschall.
'Os adolescentes enfrentam pressões sociais e emocionais difíceis, e frequentemente confusas, enquanto passam para a fase , por isso precisam de serviços médicos de prevenção de HIV adaptados a sua situação', precisou.
Segundo explicou, os adolescentes têm menos possibilidades de ser submetidos às provas do HIV que os adultos e necessitam mais ajuda para vigiar sua saúde e seguir com compromisso um tratamento antirretroviral.
Entre os adolescentes, as meninas; os meninos que têm relações sexuais com outros homens; os usuários de drogas injetáveis e as vítimas de exploração sexual são os grupos com maior risco de contágio por HIV.
'Eles enfrentam muitas barreiras, como leis discriminatórias, desigualdade e estigmatização que os impedem de acessar os serviços médicos básicos para detectar, prevenir e tratar o HIV', denunciou, por sua vez, o chefe dos programas de HIV do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Craig McClure.
'A menos que retiremos essas barreiras, o sonho de uma geração livre de aids será inalcançável', ressaltou.
Por isso, a OMS e outras agências das Nações Unidas recomendaram aos governos que revisassem suas leis para facilitar aos adolescentes o acesso aos testes do HIV sem necessidade de consentimento paterno, além de sugerir maneiras para melhorar a qualidade desses serviços de prevenção e apoio ao coletivo.
Também propõem que os adolescentes sejam incluídos na tomada de decisões a respeito, para conseguir uma nova aproximação à prevenção do HIV que se adeque às necessidades das pessoas dessa idade; aspecto em que destacaram o caso do Zimbábue como 'bom exemplo'.
OMS afirma que 75% dos pacientes com aids na América Latina têm tratamento
A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um relatório afirmando que 75% das pessoas que têm aids e precisam de tratamento antirretroviral na América Latina e no Caribe o recebem.
O relatório conjunto da OMS com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPS), apresentado em Buenos Aires, detalha que, em dezembro de 2012, três a cada quatro pessoas, aproximadamente 725 mil cidadãos, que precisam de tratamento antirretroviral (TAR) o recebem, 7% a mais em relação a 2010 e 2% a mais se comparado a 2011.
'América Latina e Caribe são as regiões com mais cobertura de TAR no mundo', assegurou Marcelo Vila, coordenador sub-regional de HIV da OMS, durante a apresentação da pesquisa.
O estudo mostra que em 2012 sete países - Brasil, Argentina, Barbados, Chile, Cuba, Guiana e México - alcançaram o acesso universal ao TAR. Isso significa que superaram 80% de pacientes cobertos.
Outros 11 países estão perto de alcançar esta meta, com uma cobertura próxima ou maior a 70%: Bahamas, Belize, Costa Rica, Jamaica, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Trinidad e Tobago e Venezuela.
A pesquisa indica que dos US$ 1,950 bilhões que os países da região destinaram entre 2007 e 2011 à luta contra a aids, 70% foram para o TAR, uma das intervenções de mais alto impacto no combate ao HIV, e 18% se destinaram à prevenção da doença.
O relatório também assinala que todos os países da região oferecem serviços gratuitos contra a doença e que avançaram na redução da dependência do financiamento internacional para os tratamentos.
As fontes de financiamento nacionais cobriram 94% da despesa total. Em contrapartida, os fundos internacionais representaram 6% do total e se destinaram, principalmente, a chegar a populações de alto risco e à prevenção.
Segundo o estudo, 62% dos países financiam o TAR sem apoio externo, enquanto dez países -Antígua e Barbuda, Bolívia, Dominica, Granada, Guiana, Haiti, Jamaica, São Cristóvão e Névis, Nicarágua e São Vicente e Granadinas - ainda precisam de ajuda externa para cobrir entre 75% e 100% dos procedimentos.
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