domingo, 3 de novembro de 2013

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Itamaraty paga preço abusivo, aponta TCU

Contratos do cerimonial são fiscalizados pelo tribunal; bufê atende diplomacia há 40 anos

Brasília - Ao preço que um brasiliense paga por 40 croissants ou 12 quilos de pão francês na melhor padaria da capital federal, eleita por guias locais, o Itamaraty serve apenas um diplomata ou chefe de Estado num café da manhã. São R$ 159 para alimentar uma pessoa com biscoitos, bolos, sucos e frutas. O valor consta de relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), que aponta gastos exorbitantes com refeições em coquetéis e eventos.
Por um almoço ou jantar à francesa, o Itamaraty paga R$ 237 por pessoa - André Dusek/Estadão
André Dusek/Estadão
Por um almoço ou jantar à francesa, o Itamaraty paga R$ 237 por pessoa
O tribunal fiscalizou contratos do cerimonial do Itamaraty, que repassou, desde 2008, R$ 6,7 milhões à Di Gagliardi, bufê que há cerca de 40 anos serve a diplomacia. De acordo com a corte, o contrato mais recente com a empresa, firmado em 2009 e prorrogado várias vezes, tem indícios de jogo de planilha e poderia custar bem menos.
Os auditores compararam os preços com os praticados pelo Senado, casa tradicionalmente pouco parcimoniosa, que contrata serviços semelhantes.
Dos 42 itens analisados, todos foram mais caros no Itamaraty, que pagou até 430% mais.
Enquanto o café de um diplomata sai a R$ 159 em evento para até 14 pessoas, no Legislativo custa R$ 30. Por um almoço ou jantar à francesa, o Itamaraty paga R$ 237 por pessoa, ante R$ 120 no Legislativo. A conta não inclui bebidas alcoólicas. É dinheiro suficiente para bancar, ao preço médio de R$ 127, couvert, entrada, prato principal e sobremesa no Gero, do Grupo Fasano, um dos restaurantes mais prestigiados de Brasília.
Os eventos da diplomacia costumam ser requintados e variados. Num jantar, por exemplo, o cerimonial pode escolher como prato principal um entre 22 opções, a exemplo de medalhões de lagosta ao molho de manteiga queimada ou perdizes recheadas.
Para o TCU, mesmo tanta sofisticação não explica as cifras. "A despeito de reconhecer a importância da qualidade, entendo que esse argumento não é válido ao ponto de justificar as diferenças de preço", avaliou o relator do processo, ministro Benjamin Zymler. Em decisão aprovada quarta-feira, a corte de contas determinou mudanças, entre elas a comparação com os contratos de outros órgãos.
Segundo a auditoria, a licitação aberta pelo Itamaraty restringiu a participação de empresas. Cotação superestimada elevou o preço de referência do pregão (R$ 2,6 milhões). A Di Gagliardi venceu com proposta de R$ 2,1 milhões. Mas os valores das refeições foram mais altos do que os apresentados pela empresa em consulta prévia do Itamaraty antes do certame.
Em nota, o Itamaraty alegou que os cardápios requerem ingredientes "da mais alta qualidade" e que "obedeçam às peculiaridades culturais das delegações, justamente por serem organizados para altas autoridades estrangeiras". Afirma ainda que questão igualmente importante é a exigência de requisitos como bufê com estrutura de grande porte, não raro para servir mais de 300 pessoas, e treinamento para profissionais como chefe de cozinha e garçons. A Di Gagliardi informou ter participado de pregão, ganhando com menor preço e na legalidade. 
FONTE ESTADAO
Obama 'odeia' os vazamentos e não cogita perdoar Snowden

Washington, 3 nov (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, 'odeia' o vazamento de informações confidenciais e não cogita conceder clemência ao responsável pelas revelações, Edward Snowden, asilado temporariamente em Moscou, afirmou o principal assessor de comunicações de Obama, Dan Pfeiffer, em entrevista à emissora 'ABC'.
'O presidente sempre está frustrado pelos vazamentos', afirmou Pfeiffer. 'Odeia os vazamento. Todo mundo odeia. Acho que todos que vazarem (dados) tem que pagar um preço', acrescentou.
Segundo ele a Casa Branca não cogita perdoar Snowden nas acusações de espionagem e roubo de propriedade governamental enfrentadas pelo analista nos Estados Unidos e afirmou que o jovem americano deveria voltar a seu país.
Snowden se reuniu recentemente com o parlamentar alemão Hans-Christian Ströbele em Moscou e entregou uma carta na qual pedia clemência ao governo dos EUA, com o argumento de que iniciou um debate útil sobre se espiões americanos estão se excedendo em suas atribuições graças ao poder da tecnologia.
Ströbele disse que Snowden deseja testemunhar no Congresso americano para explicar as revelações de espionagem. A solicitação de perdão foi rejeitada hoje também por dois destacados legisladores americanos.
'Não vejo nenhuma razão (para conceder clemência)', disse o presidente do Comitê de Inteligência na Câmara dos Deputados, o republicano Mike Rogers, à 'CBS'.
Snowden 'tem que voltar e assumir (o que fez), e podemos ter uma conversa', acrescentou, ressaltando que 'roubou informação, violou seu juramento, revelou informação confidencial e, certamente, permitiu que três organizações terroristas distintas, filiais da Al Qaeda, tenham mudado a forma como se comunicam'.
A presidente da Comissão de Inteligência do Senado, a democrata Dianne Feinstein, também considerou que Snowden 'fez um dano enorme ao país' e 'a resposta a isso é não conceder clemência'.
'Confiávamos nele e deixou nosso sistema desprotegido; teve uma oportunidade, se é que realmente era um informante legal, de chamar os comitês de inteligência do Congresso e dizer que tinha informação, mas isso não ocorreu', acrescentou Dianne.
Rogers e Dianne garantiram que a Agência Nacional de Segurança (NSA) está fazendo o trabalho para o qual foi criada e Rogers se mostrou cético diante das críticas dos líderes europeus e da informação que Obama não sabia das escutas telefônicas à chanceler alemã Angela Merkel.
'Acho que vai haver um prêmio de melhor ator na Casa Branca este ano, e um prêmio ao melhor ator coadjuvante para a União Europeia', assinalou Rogers.
FONTE EFE BRASIL

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